O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), disse à coluna que frente aos desafios que tem se apresentado neste ano atípico, um entendimento segue sendo o mesmo: priorizar o pagamento dos salários do funcionalismo municipal.
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Ele afirma que, ainda antes do cenário de recessão que a pandemia trouxe, a meta sempre foi "sob hipótese alguma" colocar em risco os vencimentos dos funcionários.
- O mundo está frente a uma crise econômica com desdobramentos sanitários gravíssimos na saúde. Ainda assim, temos trabalhado para que essa siga sendo a regra número 1 e, principalmente, inviolável: pagar o salário em dia do nosso funcionalismo. Eles não podem ser penalizados - diz.
O tucano sabe que a tendência é que, à medida que o calendário avance, aumente o risco de ter um comprometimento da receita do município. Mesmo assim, ele afirma que "cortará de onde for preciso" para que os servidores sigam "recebendo rigorosamente em dia". Um desafio hercúleo para qualquer gestor.
Ainda mais desafiador será quando começar a chegar as faturas dos empréstimos de pavimentação - de R$ 28 milhões junto à Caixa por meio do Finisa - e que exigirá um malabarismo financeiro próprio de um medalhista. É inegável que muitas vias e avenidas já tiveram melhorias na trafegabilidade, mas, como em tudo na vida, sempre há um preço a ser pago pelas escolhas feitas.
O BENEFÍCIO
Por tudo isso, e o lado benéfico desta crise, é que a coisa pública mais do que nunca exigirá a condução de gestores. O dinheiro, que cada vez mais ficará escasso, exigirá do prefeito a capacidade de priorizar: saúde, fomento à economia, educação, saneamento, pavimentação e o social.
E, claro, a dignidade dos servidores municipais que não podem, a exemplo do Estado, terem os salários aviltados. O resto, gostem ou não, no mundo pós-pandemia, até que tudo volte ao eixo, é perfumaria. E quem prometer um céu de brigadeiro, ou é ingênuo ou de má-fé. E, na política, não há desavisados nem ingênuos.
